A mudança que vamos passar é inevitável, principalmente devido ao momento da pandemia (Covid-19) é inevitável, com certeza seremos diferentes daqui pra frente. O antropólogo norte-americano Jamais Cascio cunhou o termo BANI para explicar sua visão desta mudança no mundo.
Viver em um mundo frágil e incompreensível, com certeza gera ansiedade!!! (rindo de nervoso).
O mundo é frágil. O que temos certeza hoje, pode virar uma incerteza amanhã. A economia pode mudar, o mercado pode evoluir e até mesmo pandemias podem acontecer. Precisamos nos preparar para o imprevisível, buscando soluções criativas.
A incerteza nos causa ansiedade. O senso de urgência pauta muitas decisões. Uma oportunidade pode abrir em uma curta janela de tempo e precisa ser agarrada. Trabalharemos com uma margem de erro maior, mas com atitudes mais rápidas e oportunidades aproveitadas.
Grandes planejamentos podem não fazer tanto sentido no mundo BANI. Tudo está em constante mudança, logo, é preciso adaptar o seu negócio para fazer parte dessa realidade.
Buscamos resposta para tudo, baseado nas inúmeras informações que recebemos. Montar uma estratégia com base em dados pode não dar certo, pois o ser humano muda de ideia o tempo todo. O risco está presente em cada decisão tomada.
Mas gostaria de dividir com vocês um pensamento sobre a Não linearidade, pois esta mudança pode ser a grande aliada para ajudar a lidar com as demais.
O que seria um pensamento LINEAR e Não LINEAR?
É aquele que tem começo, meio e fim, necessariamente passando etapa por etapa.
Quando falamos então que algo seria Não linear, abre-se a possibilidade de pensarmos de forma sistêmica, cíclica, multiplicando os caminhos e sentidos para se chegar ao destino.
Porém, estamos muito doutrinados nos modelos tradicionais, logo precisamos desconstruir certos hábitos de pensamento para que seja possível abrir espaço para o “não linear”.
O que muda no planejamento empresarial e pessoal?
Obviamente hoje grande parte das modelos são lineares, logo é necessário transformar a forma que traçamos os nossos planos, buscando sistemas e métodos alternativos para ajudar nas decisões.
O que eu sinto é que precisamos olhar a nossa volta e buscar inspiração em outros formatos de pensamento. Seguem alguns insights para vocês pensarem junto comigo, deixe despertar o sentimento de curiosidade e aventura.
Como os sistemas se reorganizam após um episódio caótico?
Uma colméia depois de ser atacada, como ela se recompõe? O que os japoneses fizeram depois de Fukushima? O que aconteceu após o Big Bang?
Tenho ficado curiosa sobre Biomimética e buscar a inovação pelos olhos da natureza pode ser bem divertido e trazer insights poderosos sobre como podemos nos preparar para esse novo momento.
Como estabelecer um diálogo significativo e estratégico em um mundo incompreensível?
Métodos de escuta empática, diálogos não violentos, inclusão de diferentes vozes de forma democrática…
Fico pensando em como movimentos e instituições como Black Lives Matter , Gerando Falcões e a ativista Malala.
O quanto podemos aprender a conversar sobre assuntos “incompreensíveis” até que eles deixem de ser…
Como pensar sistemicamente? OU talvez “quanticamente”?
Sistemas complexos inevitavelmente trazem paradoxos, e nada mais emblemático e que dá nó na cabeça em pensar em física quântica.
Por exemplo objetos quânticos existem como superposição de possibilidades até que a nossa observação cause a realidade da potencialidade, gerando um evento real. Ou seja, de forma simplista quando nós escolhemos uma das possibilidades é nesta hora que ela se torna real, antes disso tudo seria possível.
Então imagine que neste mundo BANI que vamos experimentar, todas as possibilidades estão em aberto, mas aquela que você escolher será real.
A mudança é inevitável, mas mudar é opcional.
Escolha sabiamente…
